B U S T O
O ímpeto de iniciar algo - no atelier ou na vida - vem sem explicação. Apenas confio, mergulho e no caminho entendo o que é, para onde vou e por que. Entender, permitir e abraçar esse roteiro de não-roteiro me trouxe para o lugar que estou agora. Assim como o mergulho que dou nos meus desconfortos e medos, inicio o trajeto sem saber para onde vou, mas sabendo que preciso ir. No final sempre entendo - pra mim, isso é o que me mostra que estou no caminho certo.
No processo de autoconhecimento e percepção do meu trabalho como ferramenta de diálogo e concretização dos meus desenvolvimentos internos, minhas criações tomam curso e ganham história de forma análoga ao caminho que eu sigo de encontro comigo mesma e minha verdade.
Parte desse processo envolve sentir, perceber e me entregar ao conflito interno, ao desconforto. Ao encará-lo de frente, sem desviar, e estando aberta para o que ele for me mostrar, me torno mais ciente das minhas verdades, me aproximando de mim, desapegando de medos e percebendo que mesmo o caos se torna leve ao meu olhar.








